As notícias sobre a Líbia têm sido constantes na imprensa desde o início do ano, devido aos confrontos entre rebeldes e forças governamentais. Inconstante continua a ser a grafia do nome próprio do (ainda) chefe de estado líbio.
Na imprensa portuguesa, hoje mesmo é possível encontrar Kadhafi (como escrevem os jornais Diário de Notícias, Expresso, i, Sol e Correio da Manhã), Khadafi (como escrevem o Público e o Jornal de Negócios) ou Kadafi (como escreve o Jornal de Notícias). A diferença é mínima – só muda o lugar ou a presença da letra h – e resulta da transliteração do árabe.
De acordo com Nadia Bentahar, formadora de árabe no Centro de Línguas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e tradutora, o nome do líder líbio, em árabe, escreve-se القذافي.Transcrito foneticamente, à maneira do árabe clássico, obtém-se Al-Qaḏâfî. Ora, na passagem da transcrição fonética para a transliteração surgem alguns problemas:
1. O som árabe Q (ficheiro de som) é transcrito por vezes como K, Kh ou Q, não havendo uma transcrição consensual entre os países de tradição francófona e os de tradição anglo-saxónica.
2. Os líbios pronunciam o som árabe Q como G e por isso as pronúncias mais próximas do dialecto da Líbia são Algathafi (transliteração anglo-saxónica) ou El-Gueddafi (transliteração francófona). No entanto, estas formas não têm muita visibilidade fora da Líbia e da zona do Magrebe.
3. O artigo al- em Al-Qaḏâfî foi omitido muitas vezes nas transliterações da imprensa internacional e assim surgiram grafias como Khadafi ou Gueddafi.
Na imprensa brasileira também ocorre variação, mas, tal como em Portugal, ela não é tão grande quanto em inglês, língua que regista várias grafias possíveis para este mesmo nome.
Seja qual for a grafia, Khadafi, Kadhafi ou Kadafi, dificilmente algum falante de português consegue distingui-las na pronúncia. Por isso, e na ausência de uma grafia oficial, deve fazer-se um esforço para manter a coerência, optando por uma só grafia no mesmo texto ou documento.
Na imprensa portuguesa, hoje mesmo é possível encontrar Kadhafi (como escrevem os jornais Diário de Notícias, Expresso, i, Sol e Correio da Manhã), Khadafi (como escrevem o Público e o Jornal de Negócios) ou Kadafi (como escreve o Jornal de Notícias). A diferença é mínima – só muda o lugar ou a presença da letra h – e resulta da transliteração do árabe.
De acordo com Nadia Bentahar, formadora de árabe no Centro de Línguas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e tradutora, o nome do líder líbio, em árabe, escreve-se القذافي.Transcrito foneticamente, à maneira do árabe clássico, obtém-se Al-Qaḏâfî. Ora, na passagem da transcrição fonética para a transliteração surgem alguns problemas:
1. O som árabe Q (ficheiro de som) é transcrito por vezes como K, Kh ou Q, não havendo uma transcrição consensual entre os países de tradição francófona e os de tradição anglo-saxónica.
2. Os líbios pronunciam o som árabe Q como G e por isso as pronúncias mais próximas do dialecto da Líbia são Algathafi (transliteração anglo-saxónica) ou El-Gueddafi (transliteração francófona). No entanto, estas formas não têm muita visibilidade fora da Líbia e da zona do Magrebe.
3. O artigo al- em Al-Qaḏâfî foi omitido muitas vezes nas transliterações da imprensa internacional e assim surgiram grafias como Khadafi ou Gueddafi.
Na imprensa brasileira também ocorre variação, mas, tal como em Portugal, ela não é tão grande quanto em inglês, língua que regista várias grafias possíveis para este mesmo nome.
Seja qual for a grafia, Khadafi, Kadhafi ou Kadafi, dificilmente algum falante de português consegue distingui-las na pronúncia. Por isso, e na ausência de uma grafia oficial, deve fazer-se um esforço para manter a coerência, optando por uma só grafia no mesmo texto ou documento.