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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Agenda: Feira do livro de Lisboa 2011

Tem início hoje a Feira do Livro de Lisboa, que decorre no Parque Eduardo VII, até dia 15 de Maio.

A 81.ª edição deste certame literário, organizado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), conta com a presença de 140 participantes, em representação de 450 editoras, e prevê a realização de debates, apresentações, lançamentos e sessões de autógrafos.

Na agenda de debates não há qualquer referência à forma como o Acordo Ortográfico está ou não a ser adoptado pelas editoras. Não seria interessante ver o tema debatido?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Num Kindle perto de si

A versão do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa para Kindle foi posta à venda no passado dia 8 de Abril e já ocupa o segundo lugar no top de vendas em língua portuguesa:


O blogue Kindle Portugal destaca esta versão ebook do Dicionário Priberam, disponível na Amazon.com e na Amazon.co.uk (apenas para residentes no Reino Unido), com separador próprio:

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Uma Páscoa Feliz e um bom fim-de-semana prolongado

páscoa
(latim Pascha, -ae, do hebraico pasach)
s. f.
1. Relig. Festa solene dos hebreus, celebrada no 14.º dia da lua de Março, em memória da sua saída do Egipto. (Geralmente com inicial maiúscula.)
2. Relig. Festa dos cristãos em memória da ressurreição de Cristo. (Geralmente com inicial maiúscula.)
3. Época em que se comemora essa festa (ex.: férias de Páscoa). (Geralmente com inicial maiúscula.)

in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Paciência de Anatoly

À paciência de Job e à paciência de John pode acrescentar-se a paciência de Anatoly.

Segundo o jornal norte-americano Star Tribune, Anatoly Liberman, professor da Universidade de Minnesota, dedica-se há mais de duas décadas a um projecto lexicográfico invulgar: um dicionário etimológico analítico, com a história detalhada de 1000 palavras da língua inglesa usualmente consideradas de “origem obscura”.

Não se trata de um dicionário comum: é uma obra extensa, em vários volumes, que visa descrever detalhadamente a origem de vocábulos ingleses problemáticos do ponto de vista etimológico, como por exemplo girl (rapariga), oat (aveia) ou witch (bruxa).

Em Portugal, a etimologia muito deve a José Pedro Machado (1914-2005), que, com os seus Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa1 e Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa2, foi o principal impulsionador dos estudos etimológicos da língua portuguesa no século XX.

Para além de José Pedro Machado, existe outra obra referencial nos estudos etimológicos portugueses, o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa3, do brasileiro Antônio Geraldo da Cunha.

Mais recentemente, surgiu o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa4, obra igualmente essencial nesta área de estudos, apesar de colocar, em cada entrada, apenas uma resenha das opiniões dos estudiosos da etimologia, muitas vezes sem proporcionar mais achegas.

Tirando estas obras mais “recentes”, não há publicação de outros estudos sobre os étimos das palavras portuguesas, nomeadamente daquelas que ainda são consideradas de origem obscura.

Esperemos que um dia surja um Anatoly Liberman para a língua portuguesa.


1 José Pedro MACHADO, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa - com a mais antiga documentação escrita e conhecida de muitos dos vocábulos estudados, 3.ª ed., 5 vol., Lisboa: Livros Horizonte, 1977 (1956).
2 José Pedro MACHADO,
Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, 3.ª ed., 3 vol., Lisboa: Livros Horizonte, 2003 (1984).
3 Antônio Geraldo da CUNHA,
Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, 4.ª ed., Rio de Janeiro: Lexikkon, 2010 (1982).
4 Antônio HOUAISS, Mauro VILLAR,
Dicionário Houaiss da língua portuguesa, Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda., Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Aurélios e Morais na História do Cerco de Lisboa

Retalhos de lexicografia na obra de José Saramago:

"Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais1 e Aurélios2, os Morenos3 e Torrinhas4, algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício, mas também estão as histórias da Arte, do Mundo em geral, dos Romanos, dos Persas, dos Gregos, dos Chineses, dos Árabes, dos Eslavos, dos Portugueses, enfim, de quase tudo que é povo e nação particular, e as histórias da Ciência, das Literaturas, da Música, das Religiões, da Filosofia, das Civilizações, o Larousse pequeno, o Quillet resumido, o Robert conciso, a Enciclopédia Política, a Luso-Brasileira, a Britânica, incompleta, o Dicionário de História e Geografia, um Atlas Universal destas matérias, o de João Soares, antigo, os Anuários Históricos, o Dicionário dos Contemporâneos, a Biografia Universal, o Manual do Livreiro, o Dicionário da Fábula, a Biografia Mitológica, a Biblioteca Lusitana, o Dicionário de Geografia Comparada, Antiga, Medieval e Moderna, o Atlas Histórico dos Estudos Contemporâneos, o Dicionário Geral das Letras, das Belas-Artes e das Ciências Morais e Políticas, e, para terminar, não o inventário geral, mas o que mais à vista está, o Dicionário Geral de Biografia e de História, de Mitologia, de Geografia Antiga e Moderna, das Antiguidades e das Instituições Gregas, Romanas, Francesas e Estrangeiras, sem esquecer o Dicionário de Raridades, Inverosimilhanças e Curiosidades, onde, admirável coincidência que vem a matar neste aventuroso relato, se dá como exemplo de erro a afirmação do sábio Aristóteles de que a mosca doméstica comum tem quatro patas, redução aritmética que os autores seguintes vieram repetindo por séculos e séculos, quando já as crianças sabiam, por crueldade e experimentação, que são seis as patas da mosca, pois desde Aristóteles as vinham arrancando, voluptuosamente contando, uma, duas, três, quatro, cinco, seis, mas essas mesmas crianças, quando cresciam e iam ler o sábio grego, diziam umas para as outras, A mosca tem quatro patas, tanto pode a autoridade magistral, tanto sofre a verdade com a lição dela que sempre nos vão dando."

1 António de Morais Silva (1755-1824)
2 Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (1910-1989)
3 Augusto Moreno (1870-1955)
4 Francisco Torrinha (1879-1953)

in José SARAMAGO, História do Cerco de Lisboa, Lisboa: Editorial Caminho, 4.ª ed., 1998 (1989), pp. 26-27.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lellito

Retalhos de lexicografia antiga na literatura cronística moderna:

“O ex-comando recusou um Morais1 que eu lhe quis oferecer pelos anos: «Isso é gastar cera com ruins defuntos, Senhor Doutor. Para o material que Vossa Excelência me entrega, o Lellito2 dá e sobra.»
Não sei se as palavras lhe saíram por sobranceria ou por insensibilidade mas, em qualquer caso, revelam estouvamento. O Prático Ilustrado é um excelente dicionário, mas não tem dimensão que dê para os cambiantes da Prosa com P grande.”

in A.B. KOTTER, Bilhetes de Colares 1982-1998. in memoriam José Cutileiro. Lisboa: Assírio & Alvim, 2007, p. 40. Organização e posfácio de Fernando Venâncio.



1António de Morais SILVA, Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Lisboa: Editorial Confluência, 1949 [1789].
2
Dicionário Prático Ilustrado. Porto: Lello & Irmão, 1956.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Agenda: XV Colóquio da Lusofonia



O Instituto Politécnico de Macau acolhe o 15.º Colóquio da Lusofonia e o 6.º Encontro Açoriano da Lusofonia, a decorrer até ao próximo dia 15 de Abril, em Macau.

O encontro, que conta com a participação dos professores João Malaca Casteleiro e Evanildo Bechara, irá debater temas como o ensino da língua portuguesa na Ásia ou a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.

Mais informações sobre o programa, aqui.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mais rápido do que a sombra da Priberam #2


A Priberam disponibilizou hoje uma versão do Dicionário Priberam para Kindle. Esta edição é redigida segundo o Acordo Ortográfico de 1990 mas permite a consulta das grafias anteriores das palavras.

Trata-se da primeira versão ebook do dicionário de língua portuguesa mais consultado na Internet, disponível na Amazon.com e na Amazon.co.uk (disponível apenas para residentes no Reino Unido).

Através das aplicações gratuitas do Kindle, o Dicionário Priberam passa a estar disponível não só para Windows e Macintosh, mas também para iPhone, iPad, Android, Blackberry e Windows Phone 7. Uma das grandes vantagens desta edição é a consulta não depender de nenhuma ligação Internet, pois o conteúdo é integralmente transferido para o dispositivo, seja qual for a plataforma: um computador ou portátil, um tablet ou um smartphone.

Mais uma vez, nem foi preciso divulgar: mal a aplicação ficou disponível, a blogosfera encarregou-se de o fazer, através do blogue Kindle Portugal.

Palavras que faltam na língua portuguesa

A propósito das 100 000 entradas do Dicionário Priberam, o vídeo que se segue para além de questionar a falta de originalidade dos títulos de dicionários*, permite reflectir sobre lacunas lexicais e sobre inclusão de novas palavras em dicionários.

Com o contributo do Gato Fedorento, ficamos a saber que algumas das palavras que faziam falta na língua portuguesa foram já criadas, nomeadamente as que designam a “sensação irritante de ter o peúgo dentro do sapato e enrugado na zona do calcanhar” ou a “frustração decorrente do facto de abrir o frigorífico para beber um copo de leite e dar conta que o leite acabou”. Quem quiser saber que palavras devemos usar para designar estas e outras realidades, é só clicar no vídeo:




*Uma rápida pesquisa bibliográfica revela a existência de vários dicionários com os termos “novo” e “língua portuguesa”, de ambas as margens lexicográficas do Atlântico:

Lexilello: Novo Dicionário de Língua Portuguesa (Porto: Lello & Irmão Editores, 1989).
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Curitiba: Editora Positivo, 2004).
Novo Dicionário da Língua Portuguesa Conforme Acordo Ortográfico (Lisboa: Texto Editores, 2007).
Novo Dicionário Lello da Língua Portuguesa (Porto: Lello Editores, 1999).

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Breve notícia sobre o Acordo Ortográfico em Portugal

Depois de o Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488 ter determinado a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 no ensino no ano lectivo de 2011-2012, surge a primeira directriz do Ministério da Educação sobre o assunto, num curto texto intitulado “Informação sobre as implicações do Acordo Ortográfico no processo de codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional” (consultado em 04-04-2011): [...] Havendo escolas em que os alunos já contactam com as novas regras ortográficas, uma vez que o Acordo já foi ratificado e dado que qualquer cidadão, nesta fase de transição, pode optar pela ortografia prevista quer no Acordo de 1945, quer no de 1990, são consideradas correctas, na codificação das provas de aferição e na classificação das provas de exame nacional, as grafias que seguirem o que se encontra previsto em qualquer um destes normativos [destacado nosso]. [...]

segunda-feira, 4 de abril de 2011

100 000 entradas (e continua a crescer)



O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP), a plataforma lexicográfica online da Priberam, ultrapassou recentemente as 100 000 entradas lexicais, incluindo locuções e fraseologias.

Para quem não sabe, o DPLP permite o acesso rápido a vários tipos de pesquisas (com e sem o novo acordo ortográfico), a definições, a sinónimos e antónimos gerais e por acepção, a tipos de uso (através de exemplos explícitos no texto do verbete ou de ocorrências reais em sites de notícias, em blogues ou no Twitter), a remissões para dúvidas linguísticas, à conjugação verbal, aos auxiliares de tradução. Disponibiliza ainda a palavra e a dúvida do dia em destaque. E tudo isto grátis, à distância de um clique.

O trabalho lexicográfico que se faz deste lado conta com um contributo indispensável: o dos próprios utilizadores do DPLP. Desde que o DPLP ficou disponível online, em 2009, inúmeros têm sido os comentários, críticas e sugestões que chegam diariamente (via dicionario@priberam.pt) e que contribuem para a actualização e o melhoramento levados a cabo pela equipa de linguistas.

O DPLP está disponível online mas também faz parte da última versão do pacote de ferramentas linguísticas da Priberam, o FLiP 8. Existem ainda aplicações gratuitas para Windows, Android, iPhone e iPod touch que permitem o acesso ao DPLP. Mais informações, sobre estas e outras aplicações, aqui.

Palavras da semana

As palavras do dia da semana passada (de 28-03 a 03-04 de 2011): zito, arcifínio, boticão, conação, demulcir, enxebre e fajã.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lusofonia é...

... um sorriso na cara do lexicógrafo quando descobre, via Twitter, este comentário sobre a Priberam:

Sorriso que se transforma em riso quando, também via Twitter, o lexicógrafo se depara com estes textos:





Priberamt
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