Este ano celebra-se o quingentésimo aniversário do nascimento do poeta português Luís de Camões (1524-1580), autor do soneto acima. Nele, o eu poético amaldiçoa o dia em que nasceu, pois "que este dia deitou ao Mundo a vida / Mais desgraçada que jamais se viu!". Cremos, no entanto, que o dia em que Camões nasceu foi uma data afortunada para a língua e para a literatura portuguesas.
Passaram 500 anos do seu nascimento, mas o poeta do infortúnio, do amor, do desconcerto do mundo ou d’Os Lusíadas não foi esquecido. O engenho e a arte da poesia camoniana não definharam com o passar do tempo e, neste meio milénio, Camões tornou-se símbolo de Portugal, instituto cultural, sinónimo de língua portuguesa, figura popular (quem nunca mandou alguém chatear o Camões?) e até hashtag (como #aguentacamões, #choracamões, #chupacamões ou #ripcamões, para assinalar erros de português nas redes sociais).
As comemorações camonianas irão decorrer até 2026. Hoje é dia de Camões, vamos chateá-lo!
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