A 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas ratificou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento que pela primeira vez passou a proteger universalmente direitos humanos fundamentais, como aquele que se lê no seu artigo 5º: “Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.”
A 10 de Dezembro de 1998, exactamente meio século após a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Academia Sueca atribuiu a José Saramago (1922-2010) o Prémio Nobel da Literatura. No discurso proferido no palácio real de Estocolmo, o escritor lembrou a efeméride com o senso crítico que lhe era característico: “Nestes cinquenta anos não parece que os Governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que, moralmente, quando não por força da lei, estavam obrigados. As injustiças multiplicam-se no mundo, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrénica humanidade que é capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte neste tempo do que ao nosso próprio semelhante.”
Mantendo vivo o espírito das citações acima destacadas, a Fundação José Saramago realiza na próxima sexta-feira, dia 10 de Dezembro, no Palácio Galveias, em Lisboa, uma sessão comemorativa dos 12 anos da atribuição do Prémio Nobel de Literatura ao escritor português e dos 62 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mais informação, aqui.
Precisamos cada vez mais divulgar para cada pessoa, de todas as idades, de todas nacionalidades, credos de todas faixas etárias... a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Leia matéria sobre o tema em: http://valdecyalves.blogspot.com/2010/12/direitos-humanos-declaracao-universal.html
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