Dados de actualização Excluindo as pertencentes ao domínio da ornitologia, muitas das mais de 3600 inclusões recentes no DPLP pertencem à linguagem geral (ex.: blonda, cartofilia, debitação, empilhável, factualizar, gerôntico, hipersexualização, incrementalismo, luso-ucraniano, microssaia, násico, oligarquismo, pipoqueira, redatar, seitana, transicionar, unipessoalidade, xanadu, zoossanitário), mas também há termos de outras áreas técnicas como astronomia (ex.: extra-solar), biologia (ex.: macroorganismo), botânica (ex.: extrafloral), direito (ex.: cartular, infralegalidade), linguística (ex.: desvozeamento, lheísmo), geografia (ex.: arreísmo, subdeserto), geologia (ex.: intemperização), informática (ex.: lematizador), medicina (ex.: fisiometria, interaural, liquórico, paradiscal, telelaudo), meteorologia (ex.: ceráunico), química (ex.: nitrocomposto, xilano) ou zoologia (ex.: pacarana). Foram ainda incluídos alguns termos pertencentes a diferentes níveis e variedades de língua (ex.: feloso, ladral, sacoto; mija-na-escada, senaita; malinguar, manâmbua).
Palavras mais pesquisadas Em Portugal, a palavra mais pesquisada foi mensagens, no Brasil foi mexer e, no cômputo geral, a palavra mais pesquisada no Dicionário Priberam em 2022 foi oligarca.
Figura 1: Palavras mais pesquisadas em Portugal e no Brasil no Dicionário Priberam em 2022 Nos restantes países de língua oficial portuguesa, as palavras mais procuradas no Dicionário Priberam foram cota (Angola), interativo (Cabo Verde), tranche (Guiné-Bissau), fungível (Moçambique), adenda (São Tomé e Príncipe) e lavanderia (Timor-Leste).
O ano de 2022 em palavrasNo ano em que a guerra na Ucrânia esteve em destaque nos meios de comunicação e também nas pesquisas do Dicionário Priberam, a parceria da Priberam com a agência de notícias Lusa, pelo sexto ano consecutivo, ilustra com imagens e notícias algumas das palavras que, em algum momento, estiveram em destaque na nuvem do Dicionário Priberam. No site O Ano em Palavras, é possível visualizar, cronologicamente, 24 palavras pesquisadas no Dicionário Priberam relativas à actualidade nacional e internacional de 2022, bem como as notícias e fotos dos eventos que originaram essas pesquisas e que marcaram o ano a nível político, económico, cultural e social. Entre a centena de palavras que, devido ao elevado número de pesquisas diárias, ganharam destaque na nuvem do dicionário e foram recolhidas ao longo do ano para posterior selecção, é inevitável encontrar muitas que se referem, directamente ou indirectamente, à guerra da Ucrânia, como desmilitarização, genocídio ou oligarca, ou a momentos importantes da política nacional e internacional, como no caso de maioria absoluta, politização ou polarização. Também não faltaram as buscas em momentos de acidentes ou desastres, como fajã, monções, grisu ou intempérie, nem de algumas celebrações, como jubileu e bicentenário: Figura 2: Palavras pesquisadas no Dicionário Priberam que reflectem alguns dos principais acontecimentos de 2022 Este ano, pela primeira vez, o site O Ano em Palavras permite que os visitantes votem nas suas palavras e imagens preferidas, bastando para tal clicar no ícone do “coração” que está em cada uma delas.
Comemora-se hoje o centenário do nascimento de José Saramago (1922-2010), o escritor português para quem o ideal de vida era ser árvore: “A árvore está ali, alimenta-se directamente do chão, da terra, cresce, abre-se, dá flores se é árvore para dar flores, ou frutos se é ... E vive o tempo que tenha que viver.” As celebrações do centenário de Saramago incluem várias iniciativas em Portugal e no estrangeiro, levadas a cabo por diversas entidades. Em particular, o programa do Centenário de Saramago da Fundação José Saramago incide em quatro eixos, biografia, leitura, publicações e reuniões académicas. A programação está disponível aqui.
Hoje prestamos homenagem a Adriano Moreira, político português que nos ofereceu também pensamento sobre a lusofonia, sobre a língua portuguesa, que "não é nossa, também é nossa" (Adriano Moreira, Memórias do Outono Ocidental - Um Século sem Bússola, Coimbra: Almedina, 2013, pág. 145) e sobre o Acordo Ortográfico: «A discussão sobre a oportunidade e validade do Acordo Ortográfico tem posto em evidência que nenhuma soberania é dona da língua, pelo que não haverá nenhum acordo que impeça evoluções desencontradas. O conceito que tem circulado em algumas das intervenções, e que parece ajustado à natureza das coisas, é o que sustenta que a língua não é apenas nossa, também é nossa. É por isso que acordos, declarações, tratados, são certamente adjuvantes de uma política que mantenha a identidade essencial, mas nenhum terá força vinculativa suficiente para evitar que as divergências surjam pelas tão diferentes latitudes em que a língua portuguesa foi instrumento da soberania, da evangelização, do comércio. [pág. 1] [...] A língua é uma tão essencial expressão da identidade dos povos, um tão indispensável instrumento de afirmação no mundo, que não devem estranhar-se as discussões não apenas técnicas, mas também apaixonadas, que rodeiam as intervenções directivas de qualquer origem, e certamente com destaque para as que envolvem a soberania. É um valor essencial que a cidadania não pode deixar de acompanhar, e que exige que todas as dúvidas e inquietações que rodeiam os processos decisórios fiquem na memória vigilante da evolução que requer cuidados, recebe criatividades que surpreendem, mas sem perder a qualidade de ser a pátria que não é só nossa, mas é nossa. [pág. 4]» in Adriano Moreira, A Língua Portuguesa e o Acordo Ortográfico, Lisboa: Academia das Ciências e Lisboa, 2015 [consultado em 24-10-2022]
“E, nessa ocasião em que, pela última vez, a vira com vida, recomendara-lhe: — Reze três Ave-Marias como penitência. — Reze-as o senhor abade, que tem mais vagar do que eu. Era, aos noventa e quatro anos, um lucilar ainda do seu humor impávido e irreverente.” in Agustina Bessa-Luís, A Sibila, Lisboa: Guimarães Editores, 2009, pp. 121-122
Comemora-se hoje o centenário do nascimento da escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís (1922-2019). As celebrações do Centenário de Agustina, que arrancam com a antestreia de um filme de Eduardo Brito baseado num dos romances mais conhecidos da escritora, A Sibila, e com um concerto da Orquestra do Norte, irão decorrer durante um ano e incluem leituras, colóquios, exposições, teatro e música (mais informações aqui e aqui). A Priberam celebra esta efeméride com a inclusão de agustiniano no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa e com a sua promoção a palavra do dia. Até à data desta publicação, à excepção do Dicionário Priberam, nenhum dicionário ou vocabulário de língua portuguesa regista o termo relativo à escritora ou à sua obra, apesar da sua pertinência, da sua boa formação morfológica e das suas numerosas e variadas ocorrências.
“[...] Se minto?... Minto, pois! Mas nas orais palavras que vos digo. Não nas que entoo a sós comigo [...].” José Régio, “ Improviso corrigido”
Ao contrário do poeta português José Régio (1901-1969), o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa não mente nunca, nem sequer na partilha da palavra do dia, iniciativa da Priberam que decorre há já 13 anos, os mesmos que o dicionário celebrou na semana passada. Podem ser termos maioritariamente curiosos, pouco usados, caídos no esquecimento ou particularmente actuais, mas são sempre termos verdadeiros, ainda que desconhecidos ou novos, como alguns dos que foram partilhados neste último ano: A partilha da palavra do dia acontece na página online do Priberam e nas suas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), sendo também divulgada nos programas de rádio “Primeiro Plano” (de segunda a sexta-feira, das 07h00 às 09h00), da Rádio Morabeza e “Quinta Avenida” (quinta-feira, das 22h à meia-noite), da Rádio Voz de Alenquer.
A par do dia das mentiras, hoje celebramos o aniversário do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que entra assim oficialmente na idade da adolescência. São 13 anos, uma bela dúzia de frade, que se traduzem em milhentas consultas, inúmeras inclusões e incontáveis sugestões de utilizadores. O resultado está à vista: o teenager Priberam é um dos 20 sites portugueses mais visitados, de acordo como o ranking auditado netAudience. No ano que passou, o Dicionário Priberam incorporou quase 2600 novos verbetes, mais de 4700 novas acepções, mais de 5000 sinónimos e mais de 700 antónimos. O resumo deste ano de vida pode ser visto através do balanço do ano passado ou do site O Ano em Palavras. Neste primeiro trimestre de 2022, o Dicionário Priberam contabiliza já mais de 59 milhões de consultas feitas por mais de 12 milhões de utilizadores. Muitas dessas buscas reflectem inevitavelmente o principal tópico do momento, a invasão russa da Ucrânia, como comprovam as buscas por desnazificar, oligarca, lei marcial ou cessar-fogo, por exemplo. A principal novidade (de Janeiro de 2022) é que o Priberam passou a incluir cerca de 11 000 entradas de nomes de aves, redigidas a partir da nomenclatura proposta (e gentilmente cedida) por Paulo Paixão em Os Nomes Portugueses das Aves de todo o Mundo: Projeto de nomenclatura (2.ª edição, a separata, n.º 1, suplemento d’«a folha» n.º 66 — Verão de 2021 [consultado em 20-01-2022]). Se a esta novidade juntarmos a quantidade de fotos que já reúne para algumas aves, como a de cegonha-de-bico-amarelo ou tântalo-africano abaixo, é caso para questionar se o jovem Priberam não estará a criar um hobby, o de observador de pássaros...
Teve início no passado dia 8 a 13.ª temporada dos seminários de aprendizagem automática promovidos pela Priberam. Como é habitual, os seminários ocorrem quinzenalmente, à terça-feira, das 13h às 14h, e são um ponto de encontro para a apresentação e para a discussão de vários tópicos relacionados com a aprendizagem automática. Os seminários são organizados pelos Priberam Labs e, tal como na temporada anterior, irão decorrer remotamente (via Zoom) e, por essa razão, sem a habitual distribuição de almoço grátis. Mais informações aqui (em inglês).
Dados gerais O ano de 2021, o segundo passado em pandemia da covid-19, confirmou a tendência de crescimento do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que contabilizou 50 milhões de utilizadores (mais 5 milhões relativamente ao balanço de 2020), os quais foram responsáveis por mais de 265 milhões de pesquisas. A par deste aumento de 11% no número de utilizadores, o Dicionário Priberam manteve a posição entre os 20 websites portugueses incluídos no ranking auditado netAudience, tendo chegado à 2.ª posição em termos de alcance nos acessos a partir de computadores. No balanço geográfico, o Brasil manteve-se na liderança por país em número de acessos ao Dicionário Priberam. A principal diferença em relação ao ano anterior é que Luanda destronou Brasília e passou para o quinto lugar nos acessos por cidade. Quanto ao trabalho de actualização do dicionário, foram redigidos quase 2600 novos verbetes, criadas mais de 4700 novas acepções, adicionados mais de 5000 sinónimos e mais de 700 antónimos.
Palavras mais pesquisadas Em Portugal, a palavra mais pesquisada foi verbatim, no Brasil foi hidratação e, no cômputo geral, a palavra mais pesquisada no Dicionário Priberam em 2021 foi sadomasoquismo. O que se pode dizer sobre estas três pesquisas em particular? Não muito, a não ser que tempos difíceis geram buscas difíceis de explicar... Figura 1: Palavras mais pesquisadas em Portugal e no Brasil no Dicionário Priberam em 2021 Nos restantes países de língua oficial portuguesa, as palavras mais procuradas no Dicionário Priberam foram latrocínio (Angola), resiliência (Cabo Verde), excursar (Guiné-Bissau), catingar (Moçambique), receção (São Tomé e Príncipe) e delicada (Timor-Leste).
Volta ao mundo Se 2020 deu ao mundo o termo covid-19 e as suas consequências, o que nos trouxe 2021, o ano II da pandemia? Vamos tentar descobrir, a partir de pesquisas feitas no Dicionário Priberam por consulentes das mais diversas proveniências, indicadas entre parêntesis. Em 2021, os efeitos da covid-19 nas pesquisas do Priberam fizeram-se notar nas buscas já habituais, como coronavírus (Reino Unido), confinamento (Marrocos), comorbidade (Finlândia), comorbilidade (Guatemala, Hungria, Líbano e Suécia), entubar (Hungria), surto (Chile) ou zaragatoa (Países Baixos), bem como em buscas novas, como estirpe (Bulgária), testagem e virologista (África do Sul), profilático (Canadá e Índia), moratória (Austrália e Suíça) ou postigo (curiosidade: a par das buscas em Portugal, a diáspora no Luxemburgo, no Reino Unido e na Suíça também contribuiu para fazer de postigo uma das palavras mais pesquisadas no Priberam, como indica a figura 1 acima). Considerando que a vacinação foi uma das consequências da covid-19, não são de estranhar as buscas por pica (Bulgária e Suíça), por vacinal (Peru) ou por belonofobia (outra curiosidade: o medo patológico de agulhas deve estar presente em várias regiões, mas só de Macau nos chegou esta pesquisa). Depois de um primeiro ano de pandemia que causou tanta clausura (Jérsia), desgraceira (África do Sul) e desgrama (Argentina), seria de esperar a bonança. Não foi o que aconteceu: o caiporismo (Colômbia) e o enguiço (Suíça) mantiveram-se e o mundo continuou num frenesim (Iraque), numa roda-viva (México), com desassossego (Brasil), stresse (China), transtorno (Serra Leoa), arrelias (Suriname), carrancas (Estados Unidos), grilhetas (São Tomé e Príncipe), macas (Peru), mazelas (Singapura) e mais ais (Argentina). Alguns consulentes do Priberam podem ter ficado fartos de passar as passas do Algarve (África do Sul e Jérsia) ou de estar em águas de bacalhau (Rússia), à espera de ver o desfecho (Maláui) desta mesmice (Roménia) que nos continua a martirizar (Quénia), que nos deixa com os nervos à flor da pele (China) ou nos faz perder as estribeiras (Luxemburgo). O ano de 2021 foi danado (Líbano) para uns, misérrimo (Costa Rica) para outros, um ano do qual ninguém quer um bis (Geórgia), ao qual apeteceu fazer um manguito (África do Sul) e para o qual foi preciso ter pedalada (Malta). Foi também preciso continuar a ter genica (Finlândia), a ser resiliente (Albânia), combativo (Alemanha), audaz (São Tomé e Príncipe) e mais sage (Bósnia e Herzegovina) para manter a sanidade (Noruega) e a saúde (Países Baixos), pois cuivis dolori remedium est patientia (Usbequistão), que é como quem diz, em latim, a paciência é o remédio de todas as dores. É por isso normal que haja quem se possa ter sentido um tanto almareado (Honduras), apardalado (Guiné-Bissau), aparvalhado (Alemanha), azoado (Egipto), chalupa (Hungria e Luxemburgo), tresloucado (Irlanda) ou até puto (Lituânia). É igualmente normal ter havido buscas por palavras mais expressivas para dar conta desse marasmo (Espanha), como as interjeições ai (Senegal), bolas (Áustria e Timor-Leste), caraças (Paraguai e Timor-Leste), caramba (Japão), caneco (Venezuela), catano (República Checa), meu deus (Paraguai e Ucrânia) ou puxa (Guiné-Bissau). Tal como já tinha acontecido no ano anterior, e provavelmente pelas mesmas razões, em 2021 houve consulentes do Dicionário Priberam querentes (Alemanha) de carinho (Israel, Luxemburgo, São Tomé e Príncipe), borogodó (Japão), colinho (Argentina e Peru), paparico (Austrália), de cafuné (França, Itália, Luxemburgo e Suécia) ou de um abraço (Porto Rico), um candando (Bélgica) ou chi-coração (Suíça). Houve também consulentes com gana (Rússia) de bazar (Países Baixos), desopilar (Malásia), gazetar (África do Sul), sassaricar (Uruguai), sextar (México) e consulentes augados (Bélgica) por agito (Chipre), desbunda (Peru), gandaia (Cabo Verde e Turquia) ou ziriguidum (Porto Rico). Nas buscas por comes e bebes, um tema incontornável nas buscas no Priberam, houve uma maior procura por “comes” de fast-food (Irlanda), como cachorro-quente (Polónia), hambúrguer (Luxemburgo e Polónia), pizza e sorvete (Polónia) ou sandes (Angola), a par de “comes” mais tradicionais, como artelete (São Tomé e Príncipe), brindeiro (Egipto), ensopado de frango (Venezuela), falacha (Luxemburgo), filhó (Peru), quibebe (Itália), presunto (China), sardinhada (Guiné-Bissau) ou xiró (Moçambique). Também houve maior diversidade de “bebes”, como champanhe (Macau), chope (Japão), galão (México), cimbalino e jeropiga (Timor-Leste), goró (Costa Rica), mate (Hungria) ou rascante (República Checa) e até de locais que os servem, como boteco (Reino Unido), botequim (Peru) ou padoca (Argentina). É caso para dizer que, se houver alguém esganado (Nova Zelândia) de fome ou com larica (Paraguai), basta ir ao Priberam debicar (Finlândia), emborcar (Polónia) ou lambiscar (Itália) algo. E o que pode acontecer depois de se comer ou beber à fartazana (França)? Talvez um piriri (Canadá) ou, quem sabe, uma bezana (Suíça) ou mona (Kuwait), logo seguida de uma ressaca (Macau) ou babalaza (Moçambique). Naquele que é outro foco habitual das buscas dos nossos consulentes, o que abarca os domínios da concupiscência (Canadá), da galderice (Senegal), do sexo (Iémen), da taradice (Itália) e afins, as buscas foram para todos os gostos e incluíram, por exemplo, brasa (Gana), giraço (Luxemburgo), gostosão (Noruega), sexy (Somália); fetiche (Espanha e Sudão), hard-core (Japão), pornografia (Costa Rica e São Tomé e Príncipe), prostíbulo (Bulgária, Chipre e Paraguai), putaria (Vietname), putedo (Irlanda); brioco (Canadá e Japão), bunda (França), butico (Austrália e Chipre); pilinha e rabo (Macau), piço (Luxemburgo), giromba (Paraguai), tintim (Itália); broche (Andorra e Argélia), onanismo (El Salvador); boceta (Hungria), pito (África do Sul), racha (Suécia), xaxa (Polónia), xereca (Luxemburgo e Uruguai), xibiu (Panamá), xoxota (Coreia do Sul); amasso (Bélgica, Chipre e Luxemburgo), chocho (Hungria), cantada (Moçambique), paquera (Bolívia, Sérvia e Tunísia), ficar (México), xavecar (Argentina); esbórnia (Hungria), suruba (Dinamarca) ou troca-troca (Indonésia).
O ano de 2021 em palavras No segundo ano da era pandémica, a Priberam voltou a associar-se à agência Lusa para ilustrar com imagens e notícias algumas das palavras que, em algum momento, estiveram em destaque na nuvem do Dicionário Priberam em 2021. No site O Ano em Palavras, é possível visualizar, cronologicamente, 24 palavras pesquisadas no Dicionário Priberam relativas à actualidade nacional e internacional de 2021, bem como as notícias e fotos dos eventos que originaram essas pesquisas e que marcaram o ano a nível político, económico, cultural e social. Entre as cerca de duas centenas de palavras que, devido ao elevado número de pesquisas diárias, ganharam destaque na nuvem do dicionário e foram recolhidas ao longo do ano para posterior selecção, é inevitável encontrar muitas que se referem, directamente ou indirectamente, à pandemia da covid-19, como (as)síncrona, comorbilidade, obscurantismo e, claro, ómicron. Outras, como elegível ou chumbo, prendem-se com determinados momentos políticos, havendo ainda aquelas que foram pesquisadas em momentos de catástrofes naturais, como glaciar ou erupção, ou de crise, como capitólio ou talibã. Da lista destas palavras que, em algum momento, estiveram em destaque na nuvem do Dicionário Priberam, a mais pesquisada foi genocida, motivada por protestos contra o presidente brasileiro: Figura 2: Palavras pesquisadas no Dicionário Priberam que reflectem alguns dos principais acontecimentos de 2021 Com este retrato de 2021 terminamos o balanço do ano no Dicionário Priberam. Será caso para dizer quam multa quam paucis (Nigéria), locução latina que significa "quantas coisas em tão poucas [palavras]". A todos os consulentes, resta-nos agradecer terem estado desse lado e lembrar que fugit irreparabile tempus (Ucrânia), latim para “foge o irreparável tempo”, ou seja, o tempo que passa não volta mais e não o devemos desperdiçar em futilidades (como este texto), pelo que o melhor mesmo é carpe diem (Hungria), aproveitar o dia!
|
|
|